Tudo o que você precisa saber sobre transtornos alimentares
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Conheça as causas, os tratamentos e como você pode se prevenir!
Os transtornos alimentares são caracterizados por inadequações no comportamento nutricional de um determinado indivíduo. Este por sua vez, ocasiona uma piora gradativa na qualidade de vida e saúde física do mesmo. O medo, a preocupação com o peso e uma percepção corporal distorcida são características desse tipo de transtorno.
Geralmente, os transtornos alimentares são mais comuns em pessoas do sexo feminino e afetam com mais frequencia adolescentes e jovens adultos, isso por que a pressao social nas mulheres quanto a questão da aparencia é muito maior do que nos homens. Não é de hoje que as indústrias de beleza mundialmente sustentam a propaganda de um ¨corpo ideal¨, no qual para você ser considerado atraente, precisa estar dentro de um padrão muito magro.
Isso significa que os homens não são afetados por esse distúrbio?
Não! A probabilidade de ocorrência dos transtornos alimentares são maiores nas pessoas do sexo feminino por conta de fatores sociais, mas isso não implica que a populaçao masculina também não seja afetada pelo mesmo. Tanto os homens, quanto as mulheres estão sujeitos a ter transtornos alimentares, a única diferença é entre as probabilidades que são comprovadas cientificamente.
TIPOS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES
● Anorexia Nervosa
A anorexia nervosa é o tipo mais comum de transtorno alimentar, ela acontece em razão da insatisfação com seu peso e imagem corporal. O paciente portador da anorexia nervosa tem sua dieta completamente restrita, eliminando tudo aquilo que julga calórico, entrando em um ciclo vicioso de contar quantas calorias tudo se tem, até sua restrição alimentar aumentar gradativamente e a perda de massa corporal se tornar excessiva.
Características Comuns:
Distorção da imagem corporal, frequentes consultas ao espelho para se examinar, uso de roupas largas que disfarçam seu corpo, prática de exercícios físicos, jejum e uso de laxantes.
Complicações:
Desnutrição, fraqueza, amenorreia, arritmia cardíaca e osteoporose causando fraturas na lombar e no quadril devido a magreza.
● Bulimia Nervosa
A bulimia nervosa é conhecida pela presença de uma vasta compulsão alimentar, dessa forma, os episódios bulímicos se dão por uma grande ingestão de alimentos em uma quantidade de tempo rápida. Visto isso, após o acontecido, o bulímico tende a ter pensamentos de culpa e opta por métodos compensatórios como: vômitos auto-induzidos, uso de medicamentos, dietas e exercícios físicos.
Características:
Maior prevalência em pessoas do sexo feminino, preocupação excessiva com o corpo, inicio em dietas com restriçao a alimentos que possam engordar, fome incontrolável, sentimento de culpa, vomitos induzidos, aumento da ansiedade e baixa-autoestima.
Qual a diferença da Bulimia para a Anorexia?
No quadro bulímico não existe o desejo de emagrecer cada vez mais! Na maioria dos casos, a pessoa com bulimia nervosa apresenta o peso ideal indicado pelo IMC (Índice de Massa Corporal), mas por não conseguir conter sua compulsão alimentar, sente-se culpada por comer e opta por meios de perder o peso ganho.
Complicações:
Irregularidade menstrual, gastrite, desidratação, prolapso retal, hipocalemia e calosidades no dorso da mão.
● Transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP):
No transtorno da compulsão alimentar periódica o comportamento alimentar é caracterizado pela ingestão de uma grande quantidade de alimentos em um curto espaço de tempo sem comportamentos compensatórios.
Características:
Alimentação escondida causada por um constrangimento em virtude da quantidade de alimentos que ingerem, sentimento de nojo, quadros depressivos, culpa, perfeccionismo, impulsividade e pensamentos dicotômicos.
Complicações:
Diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, doenças cardíacas, dispneia, problemas de sono, mobilidade reduzida e obesidade.
● Picacismo ou Pica:
Caracterizado pela ingestão de alimentos não nutritivos para saciar a fome, tal como alimentar-se de papel, giz, plásticos etc.
Características:
Pode-se manifestar durante a gestação, muito recorrente em pacientes esquizofrênicos, com deficiência intelectual ou portadores do espectro autista.
Complicações:
Obstrução intestinal, perda de peso e intoxicação.
● Transtorno de Ruminação:
O transtorno de ruminação tem como principal característica a regurgitação repetida de um alimento depois de ingerido. Nesse transtorno, o alimento é trazido de volta até a boca sem náuseas aparentes e o indivíduo o ejeta da boca mastigando-o novamente.
Características:
Os episódios não podem ser explicados por nenhuma condição fisiológica, sua prevalência se dá em indivíduos com deficiência intelectual, há a presença de tentativas de disfarce colocando a mão sobre a boca enquanto se come, medo de realizar refeições em público e cuspes durante a alimentação.
Complicações:
Desnutrição, mau hálito, cáries e úlcera no esôfago.
● Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo
É caracterizado pela esquiva ou a restrição da ingestão de alimentos manifestada por características como: a cor da comida, o odor, a textura e o gosto da mesma.
Características:
Falta de apetite, medo de comer depois de algum episódio traumático de asfixia ou vômito, evitação de determinadas cores e texturas em alimentos e apenas se alimentar em pequenas porções.
Complicações:
Deficiências nutricionais, necessidade de suplementação oral e interferências na relação psicossocial do indivíduo.
CAUSAS
Estudos na área de Psicologia afirmam que não há um fator resposta para a aparência dos transtornos alimentares em um indivíduo, mas que sim, o surgimento do distúrbio se daria através de um conjunto de fatores. Entre eles, destacamos os fatores biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares de um indivíduo.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Os transtornos alimentares podem causar sérios danos à saúde física e mental de um indivíduo e são responsáveis pelo maior risco de mortalidade entre os transtornos mentais. Visto isso, o maior método de prevenção é a conscientização das pessoas, essas por sua vez, visam modificar o ambiente em que as crianças e os adolescentes estão inseridos, informando aos pais e profissionais de educação sobre comportamentos que levam aos problemas com a autoimagem e a ocorrência dos transtornos alimentares.
Para este tipo de transtorno, é indicado como tratamento terapia. A psicoterapia é a técnica com melhores resultados para os distúrbios alimentares, isso por que ela atua nas distorções cognitivas presentes nos pacientes, e promove também a melhora da autoestima.
Os tratamentos para os pacientes com transtornos alimentares, por sua vez, deve sempre ser feito por uma equipe multidisciplinar, com atendimento psiquiátrico, psicológico e nutricional, uma vez que vários fatores contribuem para o aparecimento e a manutenção dos distúrbios alimentares. Outra forma de ajudar também no tratamento é a psicoterapia familiar a fim de melhorar a dinâmica familiar, já que dificuldades no convívio familiar são fatores de ocorrência dos pacientes de transtorno alimentar e é muito eficaz para adolescentes nessas condições.
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